Em 1977 o psiquiatra George L. Engel percebeu que era necessário um novo modelo médico, existiam mais fatores que poderiam influenciar na saúde dos pacientes e isso precisava ser analisado. Assim sendo ele propôs o que, mais tarde, ficaria conhecido por modelo biopsicossocial.
Com o passar dos anos e com o crescimento da medicina paliativa (que se propõe a dar uma melhor qualidade de vida para pacientes em estado terminal) percebeu-se que existia uma quarta dimensão a esse universo: a espiritualidade.
Esta pesquisa dedicou-se a mapear, a partir do método AHP, os cérebros de acadêmicos de medicina, para podermos compreender quanto os futuros médicos valorizam as cinco dimensões do cuidado biopsicossocial (Ambiental, Biológico, Psicológico, Espiritual e Social).
Após a rodada preliminar de aplicação do estudo os pesquisadores chegaram a quatro grandes grupos que foram nomeados de Engelianos I; Engelianos II; Biomédico; Vanguarda. O último grupo é também o menor, com apenas 14% dos entrevistados, mas, para esta pesquisa, ele é o mais importante, já que é o de pessoas que levam em conta aspectos espirituais em sua tomada de decisão. Os outros três levam mais em conta aspectos biológicos e ambientais, em diferentes escalas. A presente pesquise pretende continuar com a aplicação do método AHP, mas agora em outros públicos: professores universitários e pacientes. As hipóteses propostas pelos pesquisadores são de que os professores terão resultados parecidos com o dos alunos, mas o resultado com os pacientes deve demonstrar uma grande preocupação com o aspecto espiritual.